Pesquisar neste blog

No mundo

outubro 28, 2010

Volúpia



Ficarei inerte, apenas me ame
E quando vieres até mim, será por osmose
Minha resistencia será nula
E meu amor continuará indomável

Sim, não sou complacente,
Mas hoje quero apenas sentir teus beijos
profanos, teu amor incircunciso

 Já me conheces de cor-

olhos de folha seca, 
cabelos lisos e  pesados, por sobre a cintura-impecáveis e implacáveis
Cintura modelada com tuas mãos fortes, do tamanho de minhas coxas, assim tu dizes...

Recita pra mim assim: Que sou tua pequena e amada, como gostas de fazer
voluptuosa, misteriosa e livre, que queres me roubar
Que a tua receita
melhor é me deixar descompassada de tanto amor,
ao mais leve compasso de toques

E que tu chegas em mim assim,
como roupa comprada que não precisa de troca 

veste-se em mim e logo percebo- meu número

Louco por mim, quer ser meu homem, segue-me então
com esses olhos vorazes, vou perceber e fingir que não vejo, mas continua fazendo que eu gosto

Então decididamente segura-me forte e beija-me ,com beijos lacônicos e breves, loucos por saciarem sua febre de desejo constante por mim

Não quero mais resistir, quero sucumbir
Meu louco, infame e doce amante
Volúpia e lascívia, erotismo que surpreende
Gosto de te escalar, assim como em pedras de alto cume
não precisas ter pena de mim, pode me matar de amor

Apetites vorazes, uma nova chama se acende
Vai começar de novo...Nunca tive isso e jamais vi coisa boa assim...

3 comentários:

  1. A loucura do desejo de se sentir
    entregue, usada no amar dos corpos.
    Um poema forte, arrebatador.
    Gostei muito de o ler.
    :-)

    ResponderExcluir
  2. Adorei ler o seu poema. Os seus livros devem ser interessantes. Parabéns pelo trabalho literário apresentado aqui neste blog. Um amplexo Dário Teixeira Cotrim.

    ResponderExcluir