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No mundo

novembro 22, 2011

Quando...



"É quando me sinto frágil que forte sou

É quando te sinto ávido que cresço mais em paixão

É quando te sinto longe que aumento em dor

É quando eu vejo a luz, que percebo quão escura estou


Em desatinos e solidão busco a felicidade

onde a tristeza me encontra...

E entre versos , palavras e pensamentos

Advogo por mim, em prol da liberdade do corpo

e do eco distante de palavras ao vento...


Extremo Escorpiano (Tautograma)



"Extremo escorpiano, extrema paixão

Esconso, escorchado, escolhido

Escopo de cupido

Escol da paixão, esconderijo

Encoleirado, colerizado

Entre escombros escorado

Escorpião esfaimado"








outubro 31, 2011

Poesia de Estação- Meu novo livro

É com imenso prazer e orgulho que apresento meu novo trabalho produzido, editado e claro, escrito por mim. Quero agradecer muito ao Fábio Aiolfi, amigo, prefaciador e o culpado de tudo. Ele quem me apresentou o Clube de Autores. Estou apaixonada por esse projeto, assim como a iniciativa do site em estar promovendo e incentivando milhares de novos escritores. Só tem um detalhe: Você tem que fazer TUDO...Diagramar, revisar, editar e fazer a arte gráfica, se não quiser gastar uma grana, porque eles também dão um suporte para quem precisa de ajuda.

Quero também aqui agradecer aos meus nobres colegas: Maycon Cis, o Cisnegro, Francis França, Reinaldo Ribeiro, Jerônimo Madureira e Ricardo Vichinsky por terem participado em duetos comigo.(O que já é de praxe em meus trabalhos). Bjos, bjos, bjos! Quem quiser adquirir é só entrar no site e clicar: http://clubedeautores.com.br/book/116261--Poesia_de_Estacao

*Lembrando que tem a versão e-book (mais barata) e algumas páginas para degustação, mas estou pensando em abrir mais!

outubro 28, 2011

Linha tênue

"Linha tênue

entre a excitação do escondido

e a dor do secreto,

entre a certeza do encontro

e a dúvida da partida,

entre o bem querer dos amantes

e o egoísmo dos mesmos, entre a volúpia do desejo

e a negligência da razão.."

"Linha tênue...

entre a liberdade que existe

e o elo que me aprisiona a ti

entre o meu dizer sim

e o talvez que insiste

entre a tristeza da solidão

e o toque das suas mãos..."

...entre mim

e você...

Descrever-me


DESCREVER-ME



É como buscar inspiração
Não depende de mim,
É como verso solto
Que flui e chega...
Como um poema sobre rosas
Quem sabe amor ou torpor
É falar de criança,
De insegurança,
De olhar surpreso
Naturalmente feliz
É buscar um dial
Em meu próprio ser
É ser Narcisa ao avesso
Que diz muito em seu olhar
E te deixa surpreso
E como a juventude que passa
Assim serei eu, passarei...
E serei amiga da liberdade
Seja ela poética ou da realidade
Sustentar-me –ei em
Superação e delimitação,
Serei feliz até não poder mais
Amarei, sofrerei, realizarei
O que ninguém poderá por mim
Porque sou ser, sou lindo
Sou sumo...
Sou único!

outubro 25, 2011

Meu

Meu desejo,
minha eloquência,
minha conquista longânima,
minha decência
Meu livre,
meu são,
meu ocluso,
meu obtuso
Que anda na contramão...
Meu complexo,
meu simples de viver,
meu gostoso
Difícil de esquecer...
Meu inesperado,
meu viciado em querer,
meu bendito,
meu melhor da Terra
Meu indecifrável,
minha "operação de guerra"...
Meu riso,
minha amizade
Meu bem querer inteiro
e não pela metade...
Meu certeiro,
brejeiro
Minha bomba,
minha sombra
meu retrato,
minha pose,
meu close
meu sádico,
esporádico
Meu dramático,
Meu prático,mágico...

(pausa)
...E fatídico amor...


outubro 21, 2011

Seja assim...


Sempre louca, leve e solta
Sensualmente despojada de toda altivez
Elegantemente juvenil, sem perder a consciência
Seja às vezes desordem, incoerência e pouca decência
Seja bela em divagar
Em devaneios que te façam sonhar
E devagar apenas observar
O que a faz do chão se ausentar
Seja fiel a si mesma
Em seus desejos e nuances de lucidez
E que a loucura de ser feliz te alcance
E encontres tua fortaleza, tua base, teu encaixe, liberdade!
Seja por vezes infame, invente paixões
Ou até mesmo ame...
Seja amiga, partidária
Entenda as diferenças, seja necessária
Ou talvez volúvel e hilária...
Impoluta, instável
Faça da sua vida uma grande viagem
E lute pelo que ninguém irá guerrear por você
Seja doce e compreensiva,
Acalme o coração de quem você ama
E serás afagada sempre pelo desejo e bem querer do seu homem
Seja energicamente flexível, seja viga!
E busque o equilíbrio entre ser mãe e boa amiga
Boa filha, boa irmã, boa neta,boa ouvinte,
Boa em falar, tardia em se irar
Seja boa em tentar ser a melhor
Ou mesmo boa em ser alguém melhor
Aprenda a amar a si mesma
E seja grata sempre: A Deus, a quem te ajudou,
A quem te ensinou, a quem te amou
E até mesmo a quem te desprezou!
Pois este te ensinou a amar a si mesma
De uma forma única e densa
Vencedora, intensa...

E imensa...

Então vença!

outubro 11, 2011

De nós...


"Saudade do teu cheiro, teu jeito livre e louco de ser..
Saudade de tudo, da febre, do apego, chamego,
(Saudade de vc, amor!!)
Das pazes, da amizade, do encontro, de tudo um pouco.
Do proibido, escondido, do desejo reprimido e sentido.
Do espaço que entre nós fica, da mensagem, viagem, da brincadeira e da coisa séria também...
Saudade do teu toque de leve em meu braço,
Beijo decente, envolvente, delicado..
Saudade do nada
Que compreende nosso tudo
E em meio ao acaso,
Saudade, saudade, saudade...
Da tua frase bem dita
De quando brinca e do sério me tira
Dos teus desalinhos.
Teu jeito de me amar, beijar, desejar...
E de tudo um pouco! A nossa liga, química
Ou sei lá o quê...
A sacanagem, malandragem, pouca vergonha
Saudade do seu corpo que sente,
E do meu que sonha em ti ficar...
Saudade..."

outubro 06, 2011

Amor puro que tive


Saudade de tempos que jamais voltarão

(Talvez em sonhos, viagens extracorpóreas

Nuvem ou aura delirante, devaneio constante...)

Saudade de amor puro que tive, saudade de paixão...



Sonhar ser amada por alguém, doce sensação...

Já sentiu isso? Literalmente sonhar ...

E destes mesmos sonhos acordar

E com gosto e aroma de amor ficar

Sem poder mensurar

Que delícias são as primícias

De um amor puro, real

E sua irrevogável premissa:

Que seja eternal...



Por que de que vale a vida

Se eu não delirar,

Não ousar sonhar?

Com este amor puro

Que outrora tive

Mas que ainda vive

E não sei ficar...

setembro 18, 2011

SAGA

Talvez eu seja uma simples mulher

Entre pontes erguidas e muros de concreto

Questionadora de amores e egoísmos

Carências e plenitudes...

Talvez eu ainda esteja me aprumando

Buscando um equilíbrio entre minhas palavras

E ações muitas vezes descabidas

E desprovidas de integridade e bom senso...

E quem sabe hoje eu já esteja pronta

Seja para encontrar o que há muito perdi

Ou quem sabe adornar as páginas das redes sociais

E viver num mundo de aparências onde tudo é belo

Perfeito, ilustre e feliz.

Mas sei o que quero...

Apenas minha própria vida e delimitações

Metas e trajetos

Que com esmero os cubro de brilho

Intencionais e precisos

E sendo assim os dias se tornam eficazes

Desafiadores

E íntegros...

Mas como fruto que amadurece e da árvore cai

Alguém o toma ou apodrece em solo fofo

Assim eu em nada e ansiosa espero

Acontecimentos, conforto

Alguém ou algo que me tome

Impulsione-me a re-acreditar...

Pode ser poesia, pode ser solidão

Meu próprio chão

Pode ser eu em mim mesma

Talvez seja Deus e Seu perdão...

E pode ser meu amor

Alguém que exista de fato e saiba

Que o meu melhor argumento é a defesa

E sendo assim se compadeça

E seja corajoso e fiel a si mesmo

E também aos seus sentimentos

Ainda que eu não o seja,

Porque não aprendi a amar...

Muitas coisas ensinei, já me apaixonei

Tantas outras aprendi, me acostumei

A viver em meio à dilemas sobre idílios

Tão freqüentes em poetas

Que discursam e discutem o amor

Mas tão ausentes em mim...

E como é triste esta chaga que invade o peito

Dilacera a alma

Traz sofrimento

Em buscar o que de fato nem eu sei se existe

É como percorrer trilhas e veredas

De um caminho distante, sem alamedas

Sem atalhos, sem descanso

Em meio a deserto de alma que seca

E esturricada deseja por oásis

Mas que só vê miragens...


Insegura



Porque ele me deixa assim...

Insegura

Entre o medo de ganhar e o desespero de perder

Entre a certeza de errar

E a dúvida em querer

Ele me deixa assim,

Sem saber como falar

Tal como me expressar

Ele me deixa assim ao luar...

E ele me faz muitas vezes arrefecer

Da quentura da paixão a nascer

Do desejo controlado em querer

Das palavras a serem ditas e o romper...

De toda a resignação,

Da espera pelo sim

E o epitáfio do não

Porque nele me sinto domada

Acalmada de prazer

Aquecida em chamas, bem amada

E aliviada de todo sofrer

...Pelo menos nesse instante...

setembro 17, 2011

O amor e os anjos



Porque o amor...
Ah! Esse talvez seja como os anjos...
Metafísico, envolto por aura deslumbrante, intocável...
Talvez tenha a beleza dos mesmos
e nos faça voar em meio a devaneios,

Onde por muitas vezes tentamos compreendê-lo ou quem sabe atingi-lo
de forma que ele nos faça sentir segurança e prazer em estar nele...
E com dedicação vai nos mostrando que em tudo ele diverge das paixões momentâneas e desejos caídos.
Agora não...Eis que ele é belo e também sedutor.
É varonil e ousado, compromissado e destemido, singelo e sincero
e não te vê com os olhos e sim com o coração...
Pronto a te sustentar, erguer e também um pouco sofrer.
Quisera eu encontrar um anjo ou quem sabe o amor
e me dispor de toda clausura da minha alma a qual chamo resistência e medo, dúvida e torpor...
Anseio e dor...
E por que não dizer
Que ainda que eu esteja
em meio aos anjos,
Ainda assim estou sem amor?..

Seria porque o amor também é humano
É simples e não precisa de asas
Melhor ainda que seus pés estejam fincados
Por que você saberá se está em amor
Se por acaso você encontrar anjos belos e sedutores,
mas ainda assim prefira ficar
ao lado de quem você gosta e quer para si,
Do jeito que você jamais imaginaria
Pura e simplesmente despojado de todo egoísmo
sem vendas nos olhos e principalmente...
Amando sem restrições
e incondicionalmente..
.

setembro 09, 2011

Na Bienal













Quero expressar minha gratidão, assim como a minha admiração a todos que conheci e que estiveram no stand da In House, na Bienal do RJ, dia 3 de setembro. Parabenizar os organizadores do evento, Aline Romariz e Márcio Martelli, lindas pessoas.
Cada vez mais me impressiona o fato de estarmos vivendo uma ótima fase na nossa cidade e apesar dos percalços e dificuldades que sabemos que existem, fiquei muito feliz em participar de um mega evento como este. Aliás, todo o bairro da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, e adjacências têm sido alvos de acontecimentos transformadores e notórios. Tenho certeza que nossa cidade estará prontíssima a receber os jogos da Copa e as Olimpíadas.
Passeando a caminho do Riocentro com amigos, inclusive meu amigo Cacá( que conheci neste dia ), avistamos a Cidade do Rock, a Arena da Barra, onde teve a apresentação de UFC há dias atrás e todo o complexo que está sendo desenvolvido na área de transporte e bem estar não só dos futuros visitantes, mas principalmente, nosso!
Os cariocas agradecem!
Mas hoje eu quero mesmo é prestigiar o que aconteceu por lá! Meus amigos, meu prazer em conhecer Ferreira Goulart pessoalmente e a foto que eu mais amei...Com a minha diva Clarice Lispector...Perfect!

agosto 23, 2011

Saudade Insana


"Sabatinar teu coração,
pronto a me amar
Ciceronear tua paixão,
de encontro a mim, que urge em desfrutar

E em sofreguidão seguir teus declames
E somente aceitar,
posto que o que me ensinas é me entregar...

E acalentar todo o furor da voz altiva,
que domada por ti
Anseia novamente em conduzir,
mas em vão consegue persuadir
o que de fato o coração
Não consegue resistir..."

Frase insana ll


" E quando a saudade chegar sem avisar,
O que fazer de mim,
se meu corpo se acostumou a ti?
Como fazê-la ir embora, se
ela também sabe ser pontual
e custa a sair do coração?
Essa saudade é muito mal educada, isso sim!"

agosto 21, 2011

Como louca


Como louca que sou

Penso que não seja eu

quem fala,

ainda que em sã consciência

Porque sou mulher

vulnerável, volúvel

Inconstante, má,

pouco saudável, só em mim...

E as minhas verdades,

deixe-as para mim

que as delimito e por vezes julgo,

o que num todo apenas eu sei

o que de fato é fiel...

Sou estranha, sou céu

um pouco de mel

e fel

sou ciclo espontâneo

rota variada

louca desvairada

sou eu assim

em mim mesma

sem eira nem beira

Quem quiser que queira

entender-me

aceitar-me

ser-me ...

E assim

em meio à cataclismas

de mim mesma

E no pouco que me entendo

Só eu sei

o quanto sofro

por querer ser

quem jamais fui...

agosto 17, 2011

Conjecturas




O que seria hoje sofrer por alguém?
Para quem são as lágrimas?
Para o outro em questão
Ou para o nosso ego afligido pelo confronto
das verdades ditas e ouvidas?

Os sorrisos e deleites são para quê?
Para a carne que anseia pelo toque e desfrute
Ou para o coração que urge não só pelo corpo,
mas principalmente pelo aconchego e bem querer
desse mesmo alguém?

E para que servem as palavras?
Para serem deturpadas, posto que mil
significados as mesmas detém?
Para serem mal ditas ou pouco ditas,
como se faz de praxe?
Ou para tocar o coração e adoçar
os ouvidos de quem se gosta e preza?

E porque muitas vezes fazemos tudo ao contrário?
Mas ainda assim não aprendemos
Ou talvez esperamos que todos nos entendam
ou quem sabe aceitem-nos como somos:
Insensatos e egoístas, não tão nobres assim...

E é duro saber que as palavras são
como paralelos e paradoxos.

Juntas percorrem o desenvolver de um raciocínio,
mas nem sempre dão certo;
E separadas nem sempre se atraem
mas quando menos imaginamos,
Elas se completam...


agosto 14, 2011

Ela viu um anjo...




Só se sabe isso...

Que numa noite bonita, as estrelas quase se desprendiam do firmamento e a lua impestuosa invadia seu quarto e a focava, inerte e em êxtase,deitada em sua cama, como se aquela visão e luminosidade fossem um bálsamo aconchegante e envolvente que ela mesma já não conseguia decifrar ou expressar quão lindo presente acabara de receber do seu anjo...

Só se sabe isso...

Que num misto de penumbra e silêncio, a moça se concentrava em seus próprios devaneios e telepaticamente criava pontes de diálogos com ele que minutos depois desceria fluorescente e alvo, deslumbrante e magistral e entoaria a canção mais linda que ela jamais ouvira antes em toda a sua vida...

Só se sabe isso...

Que poucas vezes em sua vida ela perdeu o chão e tangenciou sua trilha e naquele momento em que ela encontrava-se absolutamente desamparada e reclusa, a presença daquele ser foi uma espécie de alento, resplendor e ternura e ela consegue lembrar exatamente o momento em que ela fechou seus olhos, uma lágrima quente percorreu-lhe a face, o choro contido aplacou o seu peito e ela adormeceu...


" Então ele deixou a harpa e o violino
Seu semblante não era de menino
As asas eram plumas, seu brilho ofuscava
As mãos robustas, sua aura embriagava
Ser majestoso,com o rosto velado
Sua silhueta viril, posto que era másculo...

Soprou-me a face, senti-me presa
Falou-me sem pressa, paz inebriante
Perfume amadeirado, sorriso brilhante
Cabelos longos, negros ao vento
Uma espécie de zelo, magia e tormento...

Agora conseguia vê-lo
Mas não alcançá-lo
Também não conseguia detê-lo
O som nobre era entoado
Uma música suave,
que eu tentava descobrir
E que me fazia dormir
e ao mesmo tempo sentir...

Uma sinfonia envolvente, ausente
De toda malícia e concuspiscência
Presente...
Em meu sonho, psiqué
Talvez subconsciente
Muito eloquente...

Que dispensava explicação
Mas em minha obstinação
De descobrir quem era o anjo
Foi então...!
Que acordei do sono velado
Por anjo e por ele guardado
Senti-me vazia, quarto gelado

A lua já não incandescia
E meu anjo não mais cantava
Tal música jamais ouvira
E em meu peito ainda guardava
A doce sensação,
o fulgor da visão
E o resquício do som
que busquei em vão..."


julho 28, 2011

Por onde andas?


Onde anda a saudade?
No oceano da minha alma
Onde meus pensamentos são como
Algas ou peixes
Que se movem em busca de alimentos e vida
Perpetuam-se como a salinidade das águas que agora são a mim
Como o sangue que corre em minhas veias e artérias

Onde anda a resignação?
Em não saber por onde tu andas
Em meio à dúvidas que açoitam meu consciente
Minha lembrança que não se resvala de ti
Suas palavras e voz que não desistem de mim
Apenas ecoam em meu coração
E persistem em lembrar-te devido à tua ausência...

Onde anda a amizade?
Densa e cega e como luz brilhante que ofusca meu acordar
E apesar dos dias lindos de sol e amenos do frio
Estes continuam gélidos e cinzas por não poder te encontrar
E fazem da minha tristeza a matéria prima voraz das minhas letras e frases
Não ditas ou inexprimíveis ao meu sentir

Como um farfalhar que inquieta minha alma
E cimenta minhas esperanças em ver-te ou ler-te novamente...
E o que dizer das certezas?
Estas não tão sólidas como a rocha
Não tão vaporizadas como água em ebulição
Apenas líquidas em esperar-te para dizeres que ainda vives...



(Dedicado À Ricardo Vichinsky, que não aparece...)

julho 25, 2011

A moça do sinal




A moça do sinal
Tão linda, angelical
Fenomenal
Com malabares, bicicleta
Indignada, agora inquieta
Com a chuva, um temporal
Enquanto para nós,
Presos no sinal
Mais uma chuva banal...

E seus traços certos
Roupa de circo
Sua pele alva, boca pequena
Resignada, olhar altivo
Foi-se embora, saiu de cena

E eu ali, que estava em dilema
À procura de um tema
Sem mais problema!
E ela, cansada da vida insossa
Mal sabia a moça,
Que ía virar poema...

julho 23, 2011

Inventora das paixões



És mesmo a inventora das paixões!

Teu corpo exala sentimentos de amor.

Tuas palavras envolvem as almas inocentes.

Sinto um incômodo ciúme!

Tem de mim meu coração frágil.

Amo-te assim sem pensar, meio sem saber.

Pareces-me reprimida ainda,

Percebo vestígios de correntes em teus braços.

Um pequeno ponto de ferrugem se prende à tua pele.

Em teus olhos ainda há rastros de lágrimas.

Por isso inventas? Recrias teu mundo?

Não precisas mais!

Porque tudo agora será natural, próprio da tua humanidade.

Os teus traumas não existirão mais, nenhum deles.

Zaratustra pode celebrar em paz a vida plena.

E sem as amarras do medo deve começar trilhar o seu próprio caminho.

Já viveste muito do caminho enfadonho do outro.

Quero muito ver o brilho dos teus olhos em teu novo céu.

O céu verdadeiro, genuíno, sem ilusões.

Apague o pensamento sombrio do passado

Não ressuscite nenhuma existência trágica. Por que faria isto?

Não te esqueças dos teus sentimentos, não são apenas teus.

São de todos os mortais.

Por um momento podes sentir frio ou calor.

Em outro instante encorajar-se totalmente e esvaziar-se do temor.

Lembra-te: é a inventora das paixões, é um elemento da natureza.

Surgiste humana com o único objetivo de ser livre por inteira.


*Homengem do meu colega Deddy Antônio, do RL, a mim

Amei, muito obrigada! Muito bom saber que me faço entender. Bjos!


julho 20, 2011


Um outro mundo, outro lado

Uma outra voz que não a minha

Sentimentos recauchutados

Seria isso o motivo da sua ausência?

Ou a beleza da tua mocidade que não suporta

Meus disparates?


Uma outra flor, outro brilho

Que não os dos lírios que colhi

Pensando em você, em nós

Se haveria possibilidades

Ainda que remotas, porém ternas...


Um outro engano, a morte

De sonhos e pureza que tinhas de mim

Da dor que te dilacera o tálamo

Que dilacera o mais íntimo de ti

Por saber e fingir-se de indiferente


Uma outra face, uma página

De palavras que ficaram

De beijos e abraços que não foram dados

De um carinho sem fim

De um bem querer sereno e cúmplice

De nós dois, que nunca nos vimos...

Você está em mim


Você está em mim


Sem querer justificar ou perguntar quaisquer coisas,

Sem querer imaginar seu ar de indiferença ou quem sabe uma leitura apressada,

Louco para acabar logo com a obviedade que me corresponde

Sem querer que você goste ou se impressione com algo que eu te fale,

que demonstre ou denote enfim o q não seja tão próprio de mim...

Viva tudo o que tem para viver, fale tudo o que sentiu!


Nunca me cansarei de escrever-te versos

E agora imagino-te como uma brisa leve, um sopro em meus ouvidos

Ao invés de uma tempestade que eu mesma criei de ti

Quando na verdade você é apenas um menino

Ou quem sabe um homem em busca de algo

Que há muito já não procuro ou questiono, apenas em letras,

poesias tentadas e feitas

Apagadas e rarefeitas...


Curta seus apegos e desapegue-se do que vá contra o que você acredita

E quem sou eu para conselhos te dar?

Quem sou eu a não ser uma defensora de sentimentos

que só sabem erguer andaimes e construir pontes de concreto

até chegar em você, tão longe e oblíquo...?



Quem sou eu que você em nada crê que seja verídico,

E talvez nem as poses que faço e sorrisos que dou são críveis à você

Quem sou eu que muito erra, pouco faz, nada zela, tudo perde, pouco sente?

Quem sou eu, que brinca de ser menina moça, brinca de ser vento forte

Brinca de ser jogos de azar, brinca de te amar?...


Quem sou eu? Que imagino teu olhar,

Consigo perceber suas paixões momentâneas por letras femininas diversas

Quando a que você mais deseja não está com você,

E mesmo sabendo que nunca seria eu , pois jamais haveria possibilidades para mim...

De tão somente olhar fixamente em teus olhos

E fazer-te um carinho em seu rosto ao som de uma música qualquer...


Que despertasse a sua pouca percepção de meu nome,

Que te emocionasse de forma pura e benigna

Sem rancor, sem indiferença, sem maus pensares,

Sem avesso, contrariedade ou perguntas e respostas inviáveis,

Sem medo, sem também furor ou agonia,

Apenas um bem querer momentâneo

Como no início, em que atentamente lia meus dizeres e ria de mim,

Sorria dos meus trejeitos, via-me como uma jóia...



E ainda que eu escreva e medite e anseie e me vista e coma

E estude e trabalhe e seja vertente de muitos ao meu lado

Que me adianta sê-lo, se o que mais eu desejo longe de mim está?

E o espaço físico não importa mais,

importa que seu coração se vista de mim...

Sem me enterrar jamais...

julho 18, 2011

E neste exato momento em que ele terminou o seu discurso ela simplesmente pensou e rascunhou:

Minha segurança

Está em cada vez que te sinto

Cada vez que passamos momentos únicos

Ela chega de mansinho

Vai se aninhando

E eu me mostrando

Tu me ensinas a aceitar que eu seja amada como sou

Que eu seja sentida a longo prazo

Em doses homeopáticas

Ou quem sabe manipuladas

Sem pressa, apenas firmeza

E desejos e gostos se misturando

Nuances ciclotímicas se alternando

Em meio ao seu linear sentir e parecer

Que me molda e me abrange

Enlouquece meus sentidos, Enobrece meu mais puro dos sentimentos

Diz verdades sobre homens que talvez muitos não admitam E loucuras sobre mim que nem mesma eu sabia

Acalenta-me , sinto-me segura e passional

E confiante em teus braços que

Percebem meu pulsar e carência de ti. Descubro o que preciso: Sentir-me frágil em braços fortes e beijar sua boca que não me diz mentiras, apenas nossas próprias e fortes verdades: Que não quero mais príncipe encantado ou homem inventado Quero meu momento sacerdotisa, Não uma extensão dos meus desejos Quero a verdade que surge de ti e esvazia meus sentimentos mais embasados

E assim você é para mim... Faz-me admirar a verdade sobre mim que existe em você E por isso te amo...