Não tenho mais forças
Pra falar , tentar advinhar
Talvez tenha cansado, exaurida de mim
Logo eu, que sempre lutei
Esperneei
Tateei até encontrar solidez
Nas palavras
sentimentos
Nos lamentos de amor
Nos porquês da isenção dos mesmos
Porque hoje sou chão
terra densa, firme,
mas não tão dura assim...
Eu só queria não precisar
- ouvir-te -
em meio a meias palavras
-falar-te-
o mais do mesmo, quase precisando pedir
-olhar-
e apenas olhar
e ouvir sua banda preferida do momento
Só pra saber se ela fala pra mim
o que desde sempre eu senti,
mas nunca foi.
A ilusão destruiu a utopia de nós dois
e o real consumiu ,
desmagnetizou a alegria e o furor
Sinto-me tão frágil
entre desejos
e lembranças do nada
e cicatrizes de solidão
delitos no meio da noite
entre novos medos
velhos recomeços
reaprendendo o arrependimento
Que não tenho,
não sinto,
não minto
-sinuca de bico :/-
E quantas vezes um coração pode dizer sim para o não?
Já com medo da verdade
Pode até ruir de tristeza
se esconder atrás de "placebo"...
E sem medo
Deixar-te ir..Pra sempre
Antes de ouvir
a resposta imediata que sempre tive receio...
Porque ele é doce,
sensível,
lindo
e leve..
às vezes pesado dentro de si próprio
muitas vezes, como eu
Com medo do tempo que passa...
Entre a espada fria que corta a sanidade
e a maciez da ilusão
eternizando o presente
no vislumbre do futuro , mesmo em solidão
Ludibriando o passado ,
consumindo momentos,
horas, semanas...
Tempos que preenchem,
o desencanto dos que se enganam...