Gosto de amar e sou fascinada pela dor de amor...Ela me
comove, me sensibiliza, me deixa mais e visivelmente romântica. É como se o
amor no tempo presente e as lembranças fossem a sobremesa e a dor, o prato
principal. Afinal de contas, o que seria de mim se não fosse ela? Para onde
iria e o que escreveria? E não que eu seja escritora ou poetisa, mas o melhor
amor pra mim talvez seja o platônico, que nos faz sofrer por acharmos que tudo seria belo se o tivéssemos, mas não o temos... Esta
é uma dor diferente, porque é uma dor densa e profundamente pura..e inocente
por não ter passado pela realidade do amor possível que na maioria das vezes apela
para o seu próprio egoísmo. E não vê solidariedade que seja. Antes, só vê a sim
mesmo, porque de fato esperava encontrar em outrem a realização dos seus
próprios desejos e satisfação das suas próprias carências. Mas quando se depara
com “um estranho”, não o reconhece e foge...
E você? Já se olhou no espelho e viu também um estranho?