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No mundo

outubro 24, 2010

Eletrocardiograma

Mais uma de minhas analogias: Pensei que nossa vida(e ouvi isso de alguém que inspirou-me) talvez fosse como um eletrocardiograma...

Onde uma linha reta, sem altos e baixos, tampouco gráficos
Pudesse significar a morte, ou falta de sorte
Pois afinal de contas o que é a nossa vida senão um mapa?
Um mapeamento da nossas próprias jornadas, caminhadas
Sejam ladeiras íngremes ou quem sabe vales de ossos secos..
Sejam degraus como uma escada magirus, que leva-nos aos céus
Ou quem sabe apenas uma corda, inimiga e que deixa-nos ao léu
A escolher se nos enforcamos ou se ao fundo do poço nos jogamos...

Assim é no eletrocardiograma
Se sobe muito, atinge-se o pico, talvez infartamos
Se muito desce ou quase pára, ou nivela-se, parada cardíaca
Então cuidemos de nossos corações, nos nos deixemos sucumbir
Nem ao mais alto dos céus, para que não nos ensoberbeçamos
Nem ao mais profundo dos vales, para que não pereçamos
E tampouco que em nossa vida seja tudo muito linear, seria a morte!

Uma vida sem expectativas, sem pressão arterial ou sem emoção
Uma vida onde não se desce do salto tampouco pensa-se calçar um
Vida linear monótona, sem sonhos, sem vislumbre, sem cumes
Sem choro, sem perdas, sem ganhos, sem parâmetros
Torna-se vida sem grunhido, obsoleta, ultrapassada, sem gemidos
De gozo, de alegria, de gosto, de tristeza ou sentimento
Vida linear, uma linha reta que nasce defronte ao seu próprio horizonte
E seja ela mal começou, já tem vista para saber onde terminará
Isso não é vida, é vegetar, isso não é viver, é morrer
Antes mesmo de nascer...

(Dedicado)



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