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No mundo

dezembro 17, 2010


A cada verso imponho meu lirismo
envolvo-te em minhas lembranças
pensamentos que urgem chegar até você
e sentir-te ainda que inconsciente
lágrimas quentes de saudade
de saber que hoje talvez sejamos estranhos
sejamos outras pessoas, outros ideais e conquistas
Será que ainda pensa em mim?
será que vibra e sorri ao lembrar das brincadeiras?
Ou sente nó na garganta ao recordar que a distância
é sem dúvida a dona e irmã da saudade
mas jamais do esquecimento...?

Silêncio, farfalhar do espírito inquieto
em saber como andas, como estás
porque não pronuncia-te,
e porque ainda espero.
Até quando essa faca cravada em meu peito
anular-se-á ao sentir tua morbidez,
tua fuga, teu deserto quente e tua nova veste?

Já não ilude-se mais, parece até um coiote
à espreita, olhar perspicaz, testando sua presa...
e eu pobre de mim, uma pequena cordeirinha
cheia de sonhos e ilusões momentâneas,
que mal sabe o que está por vir...
ou até o saiba bem, mas nesse jogo
é preciso fingir que não sei lutar ou me esconder
pois é preciso você me matar de amor para eu aprender
a ser o que você sempre sonhou e não obteve...

Mas agora consegui infringir e te digo, SOU!!
teu leve caminhar, amor a despertar
novamente das cinzas e para sempre permanecer
inalterado e domesticado, assim como feroz e lícito
animalesco e apaixonante cio...
Então te espero, pura e adornada tal como virgem
à espera de seu noivo...
Vem logo, amor!...

Um comentário:

  1. "Vem amor que a hora é essa
    vê se entende a minha pressa"

    Adorei, Elaine! Abração. Paz e bem.

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