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No mundo

julho 06, 2011


" Naquele dia ela acordou inspirada e sem querer  foi  escrevendo coisas para ele que condiziam à ela, mas através do que ela achava que sua fonte de inspiração pensava sobre seu verdadeiro eu... Pois ela se vestiu da sua própria fonte e conjecturou tudo o que ele não lhe falara pessoalmente ...Ou talvez só existisse na cabecinha dela..."


Mas ela é um misto de sensações, ora ruins, talvez pouco boas
E na maioria das vezes uma incógnita
Como se ela percebesse que errou e mudasse de ideia...
Aos poucos , com sua malícia ou quem sabe, sua verdade que se aflora
Ela vai dizendo e escrevendo coisas que me cativam,
Mas eu já não sei se são verdadeiras...
Talvez eu nunca saiba
Ela é como um personagem que não me assusta,
Mas também não me surpreende...
Não odeio, mas também não sinto nada além de bem querer...
Não me convence
Ou quem sabe convence apenas o que também sou lá no fundo,
E agora já é tarde, pois quem sou eu lá no fundo a não ser alguém que um dia acreditou em coisas bonitas e singelas?
Mas que hoje, adulto, já não me iludo mais com palavras
E nem sequer sentimentos que me despertam dúvidas.
Hoje eu acredito nas pessoas que sempre foram o que foram desde sempre para mim...
Lineares, corretas e sem nuances loucas
E sendo assim acredito em apenas uma ou duas no máximo, que são aquelas que condizem com minhas reais percepções...
Mas por que continuo a querer desvendá-la?
Não como homem, mas como espectador dos devaneios humanos,
Da eterna roda gigante das sensações que nela preside,
Do mar de contradições e pouca elegância,
Que entre palavras fúteis e de baixo calão(ou escalão) ela vem e também sabe dizer coisas bonitas, nobres e fiéis a si mesma...
Quem é essa mulher? Que é um misto de indefesa com o mais puro do sarcasmo?
Que no início a via como pura e ela se revelou muito além das minhas expectativas como ser humano independente,
Porque ela vai se aninhando em nosso mundo, nos sufocando com suas asas e alimentando nosso ego e por muitas vezes o destruindo...
Quem é ela? Que vai engolindo as pessoas, a vida delas, os seus próprios pensares e tudo que gostam...?
Vai se vestindo dos ideais que não são dela, porque ela mesma já não sabe quem é e quais são os seus.
Precisa se clonar diante de pessoas que ela mesma elege e seleciona para serem seu estereótipo ideal....
Ela é inteligente e sagaz, fria e ora tão doce e meiga, verdadeira...
Mas é difícil já acreditar em suas palavras, porque ela tem o dom de nos persuadir.
Mas eu já não me engano e não me sensibilizo, como disse...
Sou um mero espectador das essências e devaneios humanos.
E faço dela a minha melhor experiência:
Como não se enganar com uma mulher...ou quem sabe...Como tirar ao máximo proveito do dom inspirador da mesma...


Sigo frio e intocável, mas não porque quero que ela pense isso, porque sou! Com ela e com pessoas vazias ou
quem sabe, muito cheias de si mesmo.
E não que eu não o seja, mas prefiro manter a ordem e confesso que fico farto dessa mania que as pessoas tem de se enganarem
E ela é assim...
Quer entrar na cabeça dos outros e persuadir o que nem mesmo sequer chegamos a pensar e mesmo que tenha pensado,
Isso me irrita e me deixa pouco sossegado...
E nem eu sei porquê, mas na cabeça dela com certeza pensa que ísso é uma forma de eu me reaproximar. É um artifício que ela usa para conhecer a si mesma e tentar me comover de alguma forma ou tentar me fazer dizer coisas que não sinto vontade ou até sinta, mas não queira.
E já estou me cansando disso, dessas trocas egoístas,
Onde só eu escuto e só eu sou o questionado e na maioria das vezes de forma errada.
Ela é chata, se ofende com as verdades que eu digo a ela, mas não se importa com os absurdos que ela diz a todos.
Quer toda a atenção para ela. Sua carência e latência em ser amada sufoca as pessoas e as deixa talvez desinteressadas. Sua obviedade sexual causa repulsa muitas vezes, porque ela usa isso para se impor e se autoflagelar ao mesmo tempo.
Não sei porque ainda insisto nisso, só queria que ela se olhasse no espelho e se sentisse não na minha pele ou na dos outros,
Mas principalmente, na sua própria...

(Devaneios ...)

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