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No mundo

abril 06, 2011

Para onde eu vou?



Para dentro dos meus mais profundos desejos
e sentimentos pouco hostis...
Vou buscar-me há quinze anos atrás, talvez vinte

Onde meu sonho de amar era belo e genuíno
Onde minha ingenuidade era grande e serena
e minha razão distante e pequena...

Quando tudo parecia tão promissor nas questões do amor
E tão permissivo nas latências passivas
Quando sonhava acordada em meio à histórias
por mim e para nós elaboradas...

Que eu seria uma diva mais que perfeita
Seria uma musa eterna, longe de prantos
ausente de desencantos...

Assim como o meu amor, que era minha melhor sensação
Explosão de alegria, erupção de vulcão
Onde a lava ardia, mas não queimava meu coração

E assim prosseguia, passo a passo nessa ilusão
De amor de poetisa, platônico e em exaustão
Uma epifania de sentidos lúdicos e hoje lúgubres...

Uma calma monótona e tediosa de quem busca um idílio
E que não vê luz forte, apenas indícios,
Falsas verdades e pouco interesse
Em voltar a acreditar no que de fato existe
mas sei que à mim talvez não pertença...

3 comentários:

  1. Um belo e criativo texto, parasbéns poetisa.

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  2. Lindamente melancólico e encantador seu poema, parabéns! Olá, querida blogueira! Estou passando pra deixar a minha marca e convidá-la a conhecer meu espaço. Já te linkei em meus blogs Top 10. Bjks, Milla

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  3. Se pudéssemos viver o "em algum lugar do passado" como se nada tivesse acontecido de real, refezendo a trilha em que o sonho nos encaminhou , ai, meu Deus, que tanto eu reviveria! Que maravilha, Elaine! Abração. paz e bem.

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