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No mundo

janeiro 25, 2011

Carpe Diem


Hoje eu colhi o meu dia! Da melhor maneira possível. Produzi e trabalhei meu próprio ser, minha mente, meu intelecto, meu coração. Pensei na vida,pensei em filhos, pensei em perspectiva de vida, pensei em trabalho, pensei em dinheiro, pensei em sexo, pensei no meu amor...

Pensei em tantas coisas, pensei em nada; apenas senti o sol vibrante bronzeando a minha pele e o mar calmo e convidativo. Mergulhei muito, nadei, boiei, observei pessoas, corpos, vidas, atitudes, rotina... A do trabalhador da Comlurb que garimpava o lixo da praia,a do rapaz que calmamente ia fincando as barracas de praia, as mesinhas e cadeiras na areia,a dos que gostam de correr na areia fofa logo pela manhã...

Agradeci a Deus pela natureza, por eu estar viva. Olhei para a mão que segurava o vício maldito e observei meus anéis. Olhei para a outra mão, mais dois anéis. "A senhora dos anéis, pensei..." Por que esses quatro anéis me acompanham há muito tempo e não consigo viver sem eles: Quatro aneis que significam muito para mim, como a aliança de ouro branco que foi da minha avó...Além de valor sentimental ela representa para mim alguns ciclos na minha vida, assim como ela é: circular, onde não se sabe ao certo seu início e seu fim,mas sabe-se que é preciosa, é bela, é sólida, resistente mas que de vez em quando necessita de polimento. Minúsculos brilhantinhos cravejados sobre sua estrutura trabalhada e um pouco áspera, assim ela é.

O anel de sete fios de ouro também foi presente e quando olhei para ele pensei em número sete. O número da perfeição: Tantas coisas aprendi sobre esse número! Sete dias da semana, sete cores do arco-íris,sete mares, sete notas musicais, sete maravilhas do mundo antigo,sete jóias de Chakravarti, o filho de Noé chamava-se Sete, Jesus diz que devemos perdoar setenta vezes sete; sete sacramentos, sete pecados(perfeição?), sete vidas, sete braços e sete lâmpadas tinha o candelabro do tabernáculo de Moisés, o livro Apocalipse é dominado pelo número sete...sete, sete, sete, sete...

Meu anel de formatura tem um alfa e um ômega: a primeira e última letras do alfabeto grego, o início e o fim...
Mas e o de aço?
Procurei algum significado e cheguei à conclusão que esse anel de aço talvez de uma forma inconsciente eu o tenha adotado como precioso justamente por ele não ser, para que eu saiba sempre que em meio às virtudes, preciosidade e conquista existe um anel simples, de aço e sem valor, mas que me acompanha juntamente com os demais. Talvez seja a simplicidade ou a humildade andando juntas aos demais,ou o que há de menos valioso em mim, a bijouteria da minha alma ou o aço do meu coração...

Lembrei de pessoas, vidas, dificuldades; tracei metas para mim, para minha vida.Como ser alguém melhor? Por que queremos nos tornar melhores? Por que o egoísmo começa a partir do momento que pensamos nas nossas próprias vidas? Existe uma linha tênue entre ser egoísta e ter amor próprio? Que amor é esse, que tanto buscamos? Porque as pessoas só se aproximam das outras pensando no fundo em obter alguma vantagem? Ou nós por acaso sentamos ao lado de mendigos, prostitutas e pedintes, puxamos conversa, convidamos para sair e até mesmo queremos fazer amizades com eles, com a "escória"?

Meus maiores desafios: Buscar o amor ágape em mim para com as pessoas, o que acho extremamente difícil; entender o egoísmo e suas nuances, menos difícil; E o que seria fácil? Continuar não tentando e talvez até desistir de entendê-los...

E sendo assim colhi o meu dia...Ou não?

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