meu amor se desfez,
minha ilusão se transformou
em matriz de cicatrizes
Enovelam-se como tatuagens mistas,
Em todo o corpo, na alma, coração...
Meu ego não suportou
o ar de confusão..E eu, como atriz
atuei mais uma vez num filme de ficção.
Como criança indefesa, mergulhei nas profundezas
de um mar aberto e vil, travestido de águas calmas e pueril.
E como verniz, dando brilho à história que começou,
elas estão por toda a parte, latentes.
E quando veio a onda forte e o vento quente
Veio coeso o corte profundo
Que dividiu nosso mar em dois mundos
E acabei por infringi-lo e apartá-lo
De mim, de ti, ao desenlace da verdade
Cruel , que de praxe fingia ser mel...
Mas foi fel...
Até as gotas de dor secarem
ao máximo extraídas de tanto que fora falado, chorado e aceito
o final do concerto é o que se tem agora
Uma felicidade vestida de realidade que outrora
a mim foi dita falta de sorte...
E uma cicatriz.
Que por outros pode ser superada
esquecida, fingida,
mas que por nós, ainda que distantes em tempo e errantes em espaço, como dantes
jamais será esquecida.
porque não foi encontro de corpos, lindos ou não, mas de almas
que mesmo em transgressão,
não se constrangeram em amar.
Antes, o que nos fizeram distanciar,
fora meu próprio medo em desenganar,
aportar para a morte, afundar...
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