Pesquisar neste blog

No mundo

setembro 16, 2012

Meu diário, meu amigo






Às vezes (ou quando levo uma pernada) acho que tenho que mudar...Ou melhor, continuar do lugar onde até então eu havia parado. Daquele lugar obscuro onde você senta, para e determina que daquele momento em diante você não vai mais repetir os mesmos erros, cair de novo no conto do vigário, se enganar com falsas amizades, iludir-se em meio a falsos amores, contar seu cotidiano e sua vida por um todo para quem você acha que de repente virou seu amigo, enfim, todo aquele blá blá blá de sempre. 

Porém escrever me dá um certo alívio, me traz um bálsamo em saber que mesmo eu não podendo contar com mais ninguém, tem alguém que sempre conta comigo: meu teclado.

Eu entendo quando algumas pessoas mais velhas dizem que não têm mais medo de morrer ou não se assustam mais com nada. Estou chegando por aí, porque talvez a esperança em encontrar alguém que valha a pena ou viver coisas absolutamente novas e motivantes em se tratando de relações vai se reduzindo e ficando diretamente proporcional à quantidade de vida que eu ainda tem pela frente: menor

Acho que a gente vai perdendo aquele vigor juvenil em  achar que com você tudo vai ser diferente. E acredite, quando você se decepcionar, a dor no peito vai ser bem menor. Aquela frase famosa e corriqueira: "Eu já sabia", quase sairá sozinha dos lábios sem você precisar pronunciá-la. 

Sei que muitos devem sentir, mas desta vez a quantidade de vezes é que me assustou. Sabe aquela pontada que te dá no peito toda vez que você lembra das palavras remetidas à você...E num misto de constrangimento e decepção você mal consegue murmurar alguma coisa de tão estupefata que você fica? E a pessoa desenfreada em suas questões, querendo liberar e você, freada e toda trabalhada na educação, apenas diz: Ok!? Então, isso se chama "briga de egos". E não que eu seja tão educada assim, é que simplesmente você se sente injustiçada na mesma proporção em que a outra se sente " por cima da carne seca" só porque não suporta um dos seus maiores defeitos: ser humano.

Ontem ouvi algo que me fez repensar e adaptei a frase ao seguinte pensamento: " Nunca estamos satisfeitos com os nossos estados civis. Se está viúva é porque o marido morreu, se está solteira é porque não aguenta mais ficar sozinha, se está separada fica lamentando o passado e deixa de alimentar o futuro e viver o presente  e se está casada reclama do marido e da falta de liberdade". Viver cada fase de forma plena e digna é essencial à sua própria liberdade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário