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No mundo

março 20, 2014

Perfídia






Renasce das próprias cinzas, o amor que a perfídia extinguiu, mas não de todo.
Saltam como por encanto, de meu romantismo desperto e meu papel lilás, teus mansos olhos de criança, 
Tuas mãos macias e breves, teu peito suave,
Aquela ternura concentrada...Teu ar brando e a estranha mornura do teu corpo.
Por isso tateio, presa inexorável da emoção que ora me penetra, tua figura agora imponderável ao meu sonho.
Meus olhos semi-cerram, desejosos de não mais se fecharem, senão pelo sortilégio da tua mágica figura...
Aflam de leve, inteligentemente buscando-te, as narinas que sempre te sentiram...O cheiro onde quer que tu  estivesses..E que ora novamente te pressentem, perfumado, no ar que sorvem...Meus lábios chegam a sentir, estimulante, o maravilhoso contato dos teus...
Meu coração, a tanto tempo parado, treme e aflito, no peito chega a queimar de saudade, esta que me domina...
E o corpo elástico, pois todo ele cede, trêmulo, ao frenesi do arranco gerado pela impossível aproximação do teu...
Um déjà vu de emoções...
Busco a mim mesma e não me encontro
Apenas a intensa volúpia do passado que me espreita e atormenta...

Um comentário:

  1. SERGIO NEVES - ...abusaste da grandeza do teu intelecto e da tua sensibilidade poética: perfeição de texto! / Carinhos Elayne.

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