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No mundo

agosto 17, 2011

Conjecturas




O que seria hoje sofrer por alguém?
Para quem são as lágrimas?
Para o outro em questão
Ou para o nosso ego afligido pelo confronto
das verdades ditas e ouvidas?

Os sorrisos e deleites são para quê?
Para a carne que anseia pelo toque e desfrute
Ou para o coração que urge não só pelo corpo,
mas principalmente pelo aconchego e bem querer
desse mesmo alguém?

E para que servem as palavras?
Para serem deturpadas, posto que mil
significados as mesmas detém?
Para serem mal ditas ou pouco ditas,
como se faz de praxe?
Ou para tocar o coração e adoçar
os ouvidos de quem se gosta e preza?

E porque muitas vezes fazemos tudo ao contrário?
Mas ainda assim não aprendemos
Ou talvez esperamos que todos nos entendam
ou quem sabe aceitem-nos como somos:
Insensatos e egoístas, não tão nobres assim...

E é duro saber que as palavras são
como paralelos e paradoxos.

Juntas percorrem o desenvolver de um raciocínio,
mas nem sempre dão certo;
E separadas nem sempre se atraem
mas quando menos imaginamos,
Elas se completam...


Um comentário:

  1. "Eu sou eu e minha circunstância. Se não salvo a ela, não salvo a mim(Ortega y Gasset).

    Gosto muito deste fragmento(apesar de tão existencialista), ele me diz muito acerca de todas estas questões que você suscita aqui de forma tão madura.

    Abração, Elaine. paz e bem.

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