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No mundo
julho 19, 2012
Sem esperança
Hoje eu queria um dia morno
Uma canoa, dessas de filme
Um lago calmo, um amor ao meu lado
Penteada, vestido adornado
Leves ao vento fresco, brumas...
Algo que me desse esperança
Livrasse-me desse cotidiano honesto
Uma calmaria de outono, quem sabe
Um homem sem medos, sem remos
Que soubesse ver o mesmo que eu
Quisesse deitar e olhar para o céu
E durante a tarde ficar...
Sem se preocupar com as horas,
Sem me olhar e enxergar fogo,
Apenas brisa...
Flores, vento leve
Flertasse comigo, travestido de sinceridade
E esquecesse o que necessito,
Mas alimentasse minha esperança...
Que bom se este homem fosse você,
Mas não é...
Que bom se eu fosse esta mulher,
Mas não sou...
E sonhos existem...
Dormindo ou acordados
Evisceram de nossas mentes,
Que bom se fôssemos essa epifania de cenas
Em mosaicos, peças pequenas
Já não me alegro com o futuro distante
Vivo o presente, pensando na estratégia
de ludibriar o passado
Que teima em me confrontar, me encostar na parede
Fazer-me pressentir o que de fato se tornará...
Meu amor é só, posto que tu te ausentas de mim sempre
Meu amor é impossível, mas nem sei se amor é...
Falo de amor porque escrevo em versos
E o que seria dos versos sem amor?
Porque o que sinto hoje por ti
É falta de esperança...
Em continuar, em ser-te tua quando queres...
Desesperança em ver-te e saber que daqui a algumas horas
serão momentos quase fúnebres...
Nem de dor posso dizer,
Mas de falta de esperança...
Postado por
Elayne Aguiar
às
18:08
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