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No mundo

novembro 06, 2013

Ode ao Príncipe





Ato 1

Meu amor voltou!
Rendi-me ao nosso idílio
após período de exílio
Tomou posse de mim...
               Meu amor voltou!
Trouxe sorrisos de volta
trouxe rosas, abriu-me a porta
Escreveu-me cartas
novamente do seu coração
Escreveu em  mim
sem medo ou prisão...
                  Meu amor voltou!
Voltou-me no reduto da nossa paixão
Seus versos com devoção
esses sim, de coração...
Tocou-me o corpo, chorou
                  Meu amor voltou...!
Entregou-me o luto de outrora
Entregou-me beijos sem demora
Fez-me amor
E o sorriso nos brindou
Com o futuro de antes,
que era prematuro,
mas agora vindouro, bemvindo
Logradouro das nossas fantasias,
abençoadas, de aprazia...


Ato2


Se soubesse o quanto me afoguei
em lágrimas
pensamentos
pensando na morte dos nossos duetos
Nos abraços que não me encontrei
e braços que dispensei
E por tentar te esquecer
absorver a realidade nua e crua
aquela que nos rondava e não nos vangloriava
                                              Se soubesse o quanto hesitei
em ser-te ciumenta, audaciosa
totalmente às avessas,
considerando e respeitando obviedades permanentes...
                                                Se soubesse...
O quanto pensava em ti
Que de mal de inspiração sofri
Porque  poeta precisa  sofrer para relembrar e reviver
Seus dilemas, dores de amores
noites afora
 ansiando pela carne colada
beijo arraigado
amor apressado , nus sem demora...
O preço do prazer, prorrogado e vivido
mais que sentido,
mas também infringido...
Nosso ápice de prazer,
que como dizes tesuda, fogosa
Loucura que me faz chorar
balbuciar e declarar
toda a força desta paixão
que se de outras vidas sei não...
O membro que invade,delicia-se em minhas vagas
e entre toques, horas e músicas
mil sensações na mente
No coração a paz se aconchega
o clímax chega
e escalo em ti, como cumes de altos montes
Desfaço tua virgindade em ser homem comum
Apresento novidades de amor
és a mim somente um...
É assim nosso amor
displicente, indecente e fiel
como nunca a ti antes
e antes meses do que anos ausente
de fulgor de amor, vivia vida carente
Tão fácil te amar...
Sempre
sempre sempre...


Ato 3


E assim me assiste
a garota da capa não mais existe
Não me importo com o que vejo
porque sei que é triste
o quanto não vives...
está entre aparência, piedade, deságue..
está intermitente, ora presente
maioria ausente
do que é real pra você porém persistente
Egoísmo que luta com o senso responsável
autoafirmação pra mostrar que está tudo bem, zen
mas não está, então vem...
Porque quando chega a mim, é como por osmose
E delicadamente  me ama
com aquele furor do último dia de antes
parecia despedida triunfal
com gosto de final
que nos levou ao céu
e depois nos deixou ao léo...
com nossos códigos de amor,
etapas de fim
incompreensíveis ao mundo
mas claro a nós
Como gosto de morango ou chocolate
música suave
beijos tenros
e que do fim se ausentou,
porque não suportou...


Ato 4


E não é físico e sexual
somente essa coisa banal
é mais que tudo, é alegria
é falar todo dia
mandar-me músicas, ser-me guia
ser-me homem adjunto
carinhoso, conjunto
de extremo zelo, paixão
ciúme, emoção
é chorar ao ler um email
é inspirar-se ao sentir o devaneio
é regar, cativar, bem tratar
como flor e talvez tenha que repor
tudo isso que sente por mim
talvez precise sucumbir
à outra rotina para poder insistir
no que é lícito a ti e a todos, precisas tu substituir...
Precisa se enganar
para viver conto de fadas
fingir que superou
mas sei que está latente
porque é amor...
para sempre
consentes
o sentimento
que secretamente
finges que já se foi e está ausente..
Infelizmente é esse amor...
O amor que precisa escolher
precisa se render ou deter-se
De ser amor de verdade
ou falsa realidade
...
Esse doce toque de lábios
que ainda ontem me cativou
e minha doçura que pulsou
esperneou
gritou
pensou que não foi suficiente
mas o amor de verdade não vai embora
ele volta contente
sapiente
do que independente
de regras e egoísmo
é um ao outro que se querem
se esperam
e vivem
agora declarados
apaixonados
e deliberadamente assumidos...
(pelo menos para si mesmos)


ILY4

novembro 03, 2013




Conheço todas as etapas de um fim...
Daqui a algum tempo, os questionamentos cessarão...
A vergonha e constrangimento em ficar batendo na mesma tecla tomarão espaços maiores...
O canal vai se fechando, pois não sabemos mais o que cada um faz, o que pensa, se sofre...
A saudade vai virando apenas lembrança...
A razão vai sobrepujando a emoção e só então você conseguirá discernir de fato tudo que aconteceu...* (Elayne Aguiar)

Não é o batom, mas a intenção do beijo que deixa marcas.* (adaptado)

A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença ou até da ausência consentida.
Sabiam-se lá.
Sabiam-se o dia amanhã.
 Contudo, quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter...* (Rangel, Marcelo)


Conhece meus sentidos
Desculpa-me se sou intensa
E se acaso te parece ofensa
Educa-me sentimentalmente
Ensina-me  a ser comedida
Na medida certa da razão
Entre um passo da emoção
Molda-me como  tu ao meu corpo
Que te traz  paz e bondade
Emoções que vivo
De adolescente confundida
Entre as tuas perguntas e ausentes respostas
Tua paixão reprimida
Sinceridade que me toca
E choca
Faz-me pensar no tempo
Que correu um pouco ao contrário
Para mim e para nós..
Que já não precisamos de explicações
Apenas um  recomeço ...
De estações...