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No mundo

junho 28, 2014

Um presente

Gosto muito desse texto que fizeram para mim. Gosto do glamour e da ilusão que ele traz na própria imaginação do tal escritor. Um mimo agridoce, mas que tem lá suas verdades. Bem real considerando que ele não me conhece, mas muito bem ao que escrevo. Sendo assim só tenho a agradecer e admirar sua ousadia e intrepidez.  

Ela é um mistério, que vem se revelando a cada momento... Não sei dizer se a conheço, só sei que me agrada e que me faz esquecer do tempo. Não sei se do bem, não sei se do mal, se verdadeira ou surreal... Só sei que intriga, convida, seduz e isso é real. Não faço perguntas, vivo cada ilusão que me oferece... A quero bem, seja quem ou como for, só queria que soubesse.Que um homem pode até deixar de gostar de uma mulher, mas ele nunca se afasta realmente, pois ele gosta de armazenar saídas enquanto vive novos caminhos, mas aí quando ele se perde, sim, ele  corre para o escape.
Já ela...Com o sentimento dele, ora o alimenta, ora o desanima, não o quer de fato, mas também não quer perdê-lo.. Uma boa ração para o seu ego...  Mulher que dança e instiga... Sensual por natureza, sua verdade intriga...
Num sorriso encanta, de bem com a vida... Doce e surpreendente, atrevida... Amiga presente, fascinante e ardente... Provoca, convida, nada contra a corrente... O que seria respeitar? Respeitar o que vive em nós ou o que esperam de nós? Sonhos são livres, são o que nos definem...! Às vezes  um anjo,  nem bom e nem mal, mas capaz de seguir ambos os caminhos.
Suas palavras são doces, mas com um gostinho amargo que seduz.
Não oferece amor, mas o faz crescer com facilidade. Sabe fazer florescê-lo, mas parece ter o dom de alimentar o ódio, mesmo que sem intenção, o que o alimenta mais ainda a sua magnitude, pois até o seu mal é nobre e os machucados, acabam se mostrando incapazes de lutar contra e nesse momento, a conquista está selada.
 Mas até o homem mais feliz com ela... e ela não é capaz de ser fiel ao seu próprio coração. O beijo de Pandora. A beleza que convida, a essência que abate. 
(Autor: F. Milianos)

junho 19, 2014

Da janela

Da janela
Não mais da linha amarela
Agora do oitavo
Entre redes e trânsito
Chuva e mar
Pessoas inertes , gritos de gol à frente
Penso em tantas coisas...
Na vida, em paz
Uma lágrima que cai...

Com os dedos entrelaçados na rede
Cabeça recostada, vento forte e frio
Penso em castelos
O quanto brincamos de erguê-los
E desmoroná-los depois..
O quanto lançamos
palavras ao vento,
movidas por sentimentos
mesquinhos,
mas  verdadeiros e de auto-defesa
Como se precisássemos,
para aliviar a pressão exercida
seja lá pela areia que tacaram em nossos olhos
ou quem sabe chutaram este mesmo castelo,
precisássemos defender nossa paz
e a liberdade de sermos pós-errantes
em busca da mesma que a nós antes era tão suprema,
suprassumo de tudo que chamamos livre e leve..

 Que todos possamos sentir essa mesma paz...
Ninguém é bom o suficiente ou mal ao extremo.
Somos humanos, perecíveis num estalo
putrefatos em horas...
 O arrependimento vem em lascas
Mas o sentimento, a alma, ao contrário da carne
Este não é perecível
É dinâmico
E ao mesmo tempo fica estagnado
Movido por ações e delimitado pela paixão.
Ai de quem nunca sofreu por amor
Está fadado a morrer sem saber que dor
É essa, que força estranha é essa
Que te faz sair do prumo
Ficar sem rumo..
Desistir, persistir...

Ser penoso em maltratar-se
Sem pressa e ao mesmo tempo com as garras da convicção afiadas
Sentindo-se também injustiçada
mas ferina,
só Deus conhece
o interior e seus pulsares.
E em arrependimento o Espírito grita
com gemidos inexprimíveis.
Sofre, mas continua agarrada à rede.
Com seus dedos entrelaçados..Pele seca, pálida e trêmula

Só em sua própria sinfonia melancólica da depressão
latente e vigente em dias de trovão
relâmpagos e nuvens espessas.
Mas sempre em esperança,
sabendo que o sol ressurgirá
para todos, cada um em seus devidos lugares.
E eu espero que sim..
espero o dia de sol.
espero este dia..
Espero somente.













junho 16, 2014

A sutil diferença- dedicado





A sutil diferença entre o antes e o depois:
Antes parecia tão enevoado...Você tentava adivinhar o que ela teria vivido ou escrito e por quê...E agora incomoda saber que o passado foi feito presente e serve de alimento e inspiração para seu próprio escape.

A sutil diferença entre antes e depois...
É que antes você era o expectador assíduo e se admirava e elogiava...
Hoje continua expectador, mas sabe e se vê como personagem principal. Bom ou ruim, vital ou letal, lembre-se que mais importante e justo que se envergonhar, é sempre olhar para o passado como algo MUTÁVEL, sim! Sim, mutável a ti interiormente, mesmo não sendo cabível mudá-lo em atitudes desconexas, mas mudá-lo em novas percepções, amadurecimento e crescimento pessoal.

A sutil diferença entre o antes e o depois...
É que antes o tempo parecia imbatível, se arrastava, maltratava...Imagino quão duro e árduo teve que ser a ti fazer-se dois ao lutar para ser você mesmo e concomitante a isso ter que ir jogando fora a bagagem pesada que eu trouxe aos seus ombros...
Agora você é livre, está leve e driblou o acaso..Ludibriou o tempo e jogou a ilusão no porão frio e no mar do esquecimento ...

A sutil diferença entre o antes e o depois
É enfim a certeza que se fez em mim
Quando penso no antes, enquanto deitada olhava para o teto e pensava no futuro incerto
Quando foi-me retirado a admiração,
o zelo,
Isso sim depois veio certo...
Agora, pois, ainda que me tenhas retirado os teus atributos e sentimentos a mim,
Não retiraste de dentro da minha alma o que antes e depois sempre permaneceu o mesmo: 
O amor..E a ilusão.
Sim...Viver de ilusão é como alimentar meus sonhos,
É transgredir a triste realidade que me mortifica a cada dia,
ao pensar que amor é esse? Que não tem dia nem noite, não há espaço nem tempo, não há esperança...
apenas a lembrança...

Entre a sutil diferença...Entre o amor de agora e antes...
  



Há muito mais entre o ser e o pensar. O nosso coração é um mar de segredos indecifráveis...

686 leituras- Sonhos Azuis-dedicado

"Perguntei ao tempo se isso um dia isso vai acabar e ele me respondeu: deixa eu passar!"...(Elayne)

junho 14, 2014

Cicatriz-dedicado

Há quase um ano, foi por um triz
meu amor se desfez,
minha ilusão se transformou
em matriz de cicatrizes
Que não se apagam como giz,                                          
Enovelam-se como tatuagens mistas,
Em todo o corpo, na alma, coração...
 Meu ego não suportou
o  ar de confusão..E eu, como atriz
atuei mais uma vez num filme de ficção.
Como criança indefesa, mergulhei nas profundezas
de um mar aberto e vil, travestido de águas calmas e pueril.
E como verniz, dando brilho à história que começou,
elas estão por toda a parte, latentes.

E quando veio a onda forte e o vento quente
Veio coeso o corte profundo
Que dividiu nosso mar em dois mundos
E acabei por infringi-lo e apartá-lo
De mim, de ti, ao desenlace da verdade
Cruel , que de praxe fingia ser  mel...

Mas foi fel...

Até as gotas de dor secarem
ao máximo extraídas de tanto que fora falado, chorado e aceito
 o final do concerto é o que se tem agora
Uma felicidade vestida de realidade que outrora
a mim foi dita falta de sorte...

E uma cicatriz.
Que por outros pode ser superada
esquecida, fingida,
mas que por nós, ainda que distantes em tempo e errantes em espaço, como dantes
jamais será esquecida.
porque não foi encontro de corpos, lindos ou não, mas de almas
que mesmo em transgressão,
 não se constrangeram em  amar.

Antes, o que nos fizeram distanciar,
fora meu próprio medo em desenganar,
aportar para a morte, afundar...

junho 08, 2014

Lembranças escusas

Enquanto houver lembrança que não seja livre, haverá amor
Enquanto houver erro em lembrar, culpa em sentir, haverá dor
Enquanto houver erro a perdoar ou quem sabe nada falar, haverá o peso da memória.
Os momentos da história
Que de tempos em tempos transformam-se em poucas palavras, breves momentos, uma carta, poucas linhas, mensagem...
Enquanto houver o peso da responsabilidade e o frear da liberdade
de sentir e voar, se aventurar em amar, perdidamente se entregar..
Haverá o cárcere do pensar , limitar-se, inerte ficar, viver de lembrar e lembrar de que vive para ser homem real, mortal...
Talvez o inconcebível seja melhor sob o aspecto do platônico. E ainda que o platônico tenha existido e sido consumado, ele volta a ser mais real na memória que no cotidiano concebível e confortável da nossa vida.
Mas enquanto houver o platônico, ainda assim haverá amor...

junho 04, 2014

Engano



Mas lá no meu íntimo,  eu sabia que eu fiz parte de um cenário, de um  mundo que você queria e que é tão inerente a mim..E eu fiz de nós relação ideal e como pano de fundo o mundo que eu gostaria de viver, mas que não cabe mais em mim... Foi apenas mais uma  de amor...