Uma vez escrevi sobre livros, sobre hábito de ler, sobre ser um escritor politicamente correto... Sobre palavras, pensamentos, poesias...Todos nós somos capazes disso. Escrever é um dom de todos, basta querer exteriorizar seus sentimentos. A prática da escrita torna o fluir cada vez mais líquido, quase hemorrágico...No início parecia que eu escrevia coisas sólidas, hoje acho que melhorei um pouquinho e confesso que tem dias que é quase psicográfico..Geralmente quando são poesias inspiradas, situações vividas e vívidas. Não gosto de auto ajuda, faço leitura dinâmica sim, na maioria das coisas que pego pra ler. Tenho mania de fichamento na cabeça e os poucos que me inspiram estão aqui, do lado de fora, na vida real, tirando minha musa Clarice, claro...rsrs. Não sei de cor o que escrevo, mas uma frase minha que você leia saberei que saiu de mim, pois posso ser uma mãe não tão dedicada, mas jamais renego meus filhos...Hoje por exemplo, poderia falar de perdão, de fatos inusitados, de paixão, de decisão, muitas coisas latejando aqui na minha mente, mas quero falar de... Dicionários...rsrs Amo dicionários! Quero falar de livros que você pega, assim, meio sem querer, com preguiça e começa a ler...E de repente algo vai te tomando, você vai entrando naquele mundo, se envolvendo, não consegue parar...! Mal come, fica P da vida quando toca o telefone, chega a ficar com dor nas costas...Um verdadeiro tesão! E você seria capaz até de abster-se de desejos viscerais por aquela leitura. É algo que te prende, impulsiona, domina-te. E você para e pensa no final: Que gênio!! Que obra de arte!! Que maravilha!! E entre tantos livros que já li desde pequena, quando meu pai me dava Machado de Assis e minha mãe aquela coleção dela de José de Alencar, pois não havia internet, essas coisas que tiram o foco da leitura e principalmente o hábito.Nossa! Eu passei minha infância lendo isso, lendo Erick Von Duniken, do meu pai, Harper Lee, da minha mãe, todos aqueles clássicos da escola, de Monteiro Lobato...Depois veio a adolescência e uma boa fase totalmente "out", digamos assim, de leituras..E muita música, muito som, porque na minha casa não se ouvia muita música, a não ser meu pai tocando no violão aquelas músicas de Nelson Gonçalves... Paralelo a isso eu sempre escrevendo minhas loucuras em meus diários com chavinha, até que entrei no mundo da leitura teológica. Queria conhecer Deus. Resolvi estudar Teologia, li a Bíblia de Gênesis a Apocalipse umas cinco vezes, todos os livros de Caio Fábio, T.L Osborn, Dan Blazer, Benny Hinn, Lee Strobel, Philip Yancey, Kennety Hagin...Dan Brown (...) Entre parênteses... E concluí: Quanto mais você lê sobre Teologia, pior...Acho que é por isso que Cristo gostava tanto do anonimato, pois Ele conhece bem nossas fraquezas...Fiquei mais cética, mais crítica e perdi a ingenuidade do evangelho genuíno. E enfim, de uns quatro ou cinco anos pra cá resolvi ler tudo que tinha vontade, os clássicos que não conhecia, os autores que sempre admirei e dentre eles destaco alguns: Pablo Neruda, Rubem Alves, Augusto Cury, Clarice Lispector (diva), Fernando Pessoa, Mário Quintana.
E hoje, enfim, vejo-me em meio a livros de Química...Não sei o que será de mim, sinceramnete..Tenho lido pouco, escrito cada vez menos, uma opção, uma fase, não sei..Mas o que tem me inspirado são frases, pessoas conhecidas, colegas que são irreverentes, escrevem bem, anônimos pra muitos, porém expressivos para quem entende e importantíssimos para mim..Ricardo Wichinsky, Fábio Aiolfi, Felipe Millianos...Cada um com sua marca, seu gênero, tom, vida, luz, fogo nas palavras...É disso que preciso hoje, julho de 2012.
Elayne Aguiar
P.S.: Esta postagem também se encontra em: http://oficialfabioaiolfi.blogspot.com.br/2012/07/meus-livros-elayne-aguiar.html
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