Pesquisar neste blog

No mundo

julho 12, 2012

Minha laranja



Aos poucos vamos nos encontrando, delimitando nosso espaço, nossos gostos, nossas vontades..Daí começamos a observar o que nos aflige, o que nos deixa angustiados, a sensação de abandono chega, desamparo...Como diz meu colega Felipe Milianos, é o "alarde da nossa carência querendo chamar a atenção"...De algo, de alguém, de nós mesmos... Então você vai vivendo, percebendo, não mais se iludindo, vai aprendendo a ser menos carente , menos dependente, irritar-se menos e sensibilizar-se menos também. Rir menos ou mais, dependendo da graça em questão, mas também não acha graça mais de muitas coisas e ao mesmo tempo acha o máximo você sozinha tomando um porre ou não, apenas refrigerantes,  assistindo filmes trash, e andando de calcinha e sutiã (ou só calcinha...ou pelada..ou camisola...tanto faz!) dentro de casa,comendo doritos queijo nacho ou se empanturrando de alface, sem ninguém para perturbar, mas também com uma louca vontade esporádica de ter alguém na sua cama com você. Aí  passa daqui, passa de lá, você vê no facebook tanta besteira, assiste pela TV cada barbaridade, testemunha tantas situações, vive tantas coisas e faz também tanta bobagem, adapta-se à cada modismo ou quem sabe esvazia-se dos mesmos...Enfim, vai vivendo tanto que então você para e pensa: Eu posso não saber ainda o que realmente eu quero, mas o que eu não quero, ah! Isso eu já sei de cor! E deixa a vida te levar...E então surge o momento mor, quando você passa por todas estas fases e vem aquela sensação de que o mundo pode cair em barrancos que por você  morre ali mesmo, encostada nele... O supra sumo do foda-se que "eu não tô nem aí..."A mais pura essência do" Eu quero é viver,ser feliz e mais nada!" E olha que isso isso não quer dizer que não tenhamos responsabilidades, ao contrário, pois são elas que nos ajudam a vencer e a conquistarmos esse pensar! É, eu tenho orgulho de mim, para mim é uma conquista saber ser eu mesma, ser minha própria metade da laranja... 
Acho que cheguei aqui, neste momento, aos meus 37 anos de existência... 


Nenhum comentário:

Postar um comentário